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Será que a vida começa aos 46?

"A velhice não é tão ruim quando você considera a alternativa." Uma frase de Maurice Chevalier, citada em um artigo da renomada revista "The Economist", que nesta semana destaca matérias já publicadas como a leitura obrigatória deste verão europeu.

O título é intrigante: "A Curva em U da Vida". O autor desenvolve uma teoria baseada em pesquisas profundas sobre o sentimento de bem-estar, realização e felicidade ao longo da vida profissional.

Dentre os vários estudos apresentados, um deles divide o bem-estar em sentimentos positivos e negativos e analisa como a vivência dessas emoções varia ao longo dos anos. O prazer e a felicidade diminuem na meia-idade, para depois aumentarem; o estresse cresce durante o início dos 20 anos e depois cai drasticamente; a preocupação atinge o auge na meia-idade e diminui acentuadamente depois disso; a raiva diminui ao longo da vida; a tristeza aumenta ligeiramente na meia-idade e depois diminui.

A conclusão final demonstra que as pessoas mais velhas têm menos conflitos e apresentam melhores soluções para os problemas. Elas são melhores em controlar suas emoções, lidam melhor com as adversidades e são menos propensas à raiva.

Esse estudo quebra um grande paradigma, mostrando que o envelhecimento não é uma trajetória descendente de frustrações e desapontamentos conforme a idade avança, mas sim que a maturidade, de maneira geral, traz maior satisfação com a vida, autorrealização, disposição para contribuir e níveis significativamente menores de estresse.

Na verdade, o gráfico assume a forma de uma curva em U. A idade média global para o início dessa fase mais positiva é aos 46 anos.

Apesar de este artigo, assim como muitos outros sobre o tema, ter passado de certa forma despercebido, ele faz parte de uma tendência muito forte. Isso demonstra que o avanço da idade dos profissionais não é uma competição com os mais jovens, mas sim uma forma diferente de contribuir para o meio.

Com o passar do tempo, essa compreensão quebrará as barreiras de uma possível discriminação de ambos os lados (jovens e maduros), tornando a convivência plenamente natural e aceita.

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