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O Etarismo e o reflexo das novas tecnologias

O Mosteiro de São Bento é uma verdadeira relíquia histórica, localizado bem no centro de São Paulo. O início da construção deu-se em 1911, sendo terminado em 1922. Mantém até hoje a sua arquitetura oponente, abrigando os monges beneditinos, escolas e outros cursos.

Por esses caminhos inesperados de minha vida profissional, tive a oportunidade de ter um contato muito próximo com a entidade, que perdurou posteriormente com experiências acadêmicas.

Algumas coisas me chamaram muita atenção. O coral dos monges é um espetáculo à parte. Fiquei muito sensibilizado com a acolhida que lá tive, como alguém de outra fé, inclusive participando de suas refeições silenciosas, apenas com leituras de trechos das Santas Escrituras. Um fato curioso foi o de saber, na ocasião, que que o Abade (responsável pelo mosteiro), era um indivíduo formado em engenharia pelo ITA.

Os monges são grandes estudiosos, além de administrarem as escolas. Minha real surpresa foi saber, que o melhor especialista em TI que lá havia, era um monge com mais de 80 anos de idade.

Essa experiência me veio à mente, ao testemunhar toda a explosão de tecnologia que estamos enfrentando, na qual, ao contrário do que se pensa, é o conhecimento e atualização que passarão a dominar o preenchimento de novas vagas de trabalho.

Esse conhecimento, com o passar de poucos anos, deverá eliminar o rótulo do “etarismo”, pois o que realmente valerá é o que a pessoa sabe, e não necessariamente a sua idade. Em resumo, a tecnologia veio para colocar todas as pessoas em um mesmo nível, não importando a idade.

A grande diferença com o passado é que a tecnologia era acumulativa. Hoje, a grande parte é disruptiva, quando todos terão que aprender ao mesmo tempo, profissionais jovens e maduros. Por exemplo a utilização do ChatGPT, é uma ferramenta nova para todos os níveis de conhecimento tecnológico,

Logicamente isso tem o seu preço: o da busca constante e intensa de atualização. Veremos (ou já vemos) jovens que serão “velhos” em tecnologia (com a ilusão de que todo o conhecimento está nas redes sociais), e pessoas mais velhas que são “jovens” em tecnologia, completamente atualizadas com a atualidade.

Os monges têm um trabalho vitalício, por essa razão será difícil ver no mercado de trabalho um gênio de TI com mais de 80 anos de idade, mas com certeza, novas tecnologias deixarão de ser tabus. Ao contrário, passarão a ser o grande nivelamento do conhecimento profissional.

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