Grande parte do que se fala sobre Inteligência Artificial gira em torno de negócios e grandes estratégias. Mas aqui o foco é você — profissional de RH — e como a IA pode se tornar sua melhor assessora.

Para isso, alguns tabus precisam ser superados:

1. IA não é só para especialistas.

Ao contrário de outras tecnologias, a IA está acessível a todos, mesmo sem formação técnica. O que faz a diferença é saber usá-la com inteligência e propósito.

2. A chave está no diálogo.

Quem domina bem a escrita e sabe se expressar já sai na frente. Surpreendentemente, muitos idosos estão dando saltos nessa nova linguagem, enquanto os mais jovens, acostumados à comunicação abreviada, ainda estão se adaptando.

3. A IA pensa com você, não por você.

Há quem use IA apenas como um “super Google”. Outros delegam a ela a produção de textos completos, sem esforço próprio. Mas essa tecnologia é muito mais do que isso: é uma parceira que colabora com seu raciocínio.

4. Primeiro você trabalha, depois a IA contribui.

Quanto mais você fornece contexto — explicando o problema, o histórico da empresa e as soluções já tentadas — melhor será o retorno. Como numa consultoria tradicional, a qualidade do briefing define o sucesso do projeto.

Exemplo prático:

Diante do desafio de retenção de talentos, você poderia começar detalhando o mercado em que atua, o histórico da empresa, e o que já foi feito até agora. Isso se chama contexto.

Já tive interações com IA aonde o contexto enviado ultrapassava 10 páginas. O curioso? Escrever tudo isso me ajudou a entender melhor a situação antes mesmo da resposta da IA. Escrever é pensar.

A partir daí, a IA pode trazer dados relevantes, estatísticas do mercado, principais motivos de desligamentos em empresas do mesmo setor e, principalmente, novas abordagens. A pergunta certa surge naturalmente: “O que você faria diferente?”

E então começa o verdadeiro valor dessa parceria. Não como mágica, mas como fruto de um processo colaborativo.

A mensagem final?

A IA está mais próxima e acessível do que você imagina. Comece sem medo, sem esperar dominar tudo. Use sua experiência humana como base e permita que a tecnologia expanda seu olhar. O primeiro passo é seu. E pode transformar a forma como você lidera no RH.