Leon Uris foi um fuzileiro naval dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se, posteriormente um consagrado autor de obras de ficção, mas bem contextuadas em fatos durante as quais as tramas se desenrolaram. Vários de seus livros transformaram-se em filmes, na época.

Sem dúvida alguma, “Exodus” se tornou o seu maior sucesso, tendo sido considerado entre as principais obras literárias produzidas no século XX.

Trata-se de um romance incrustrado nas realidades de um povo sofrido na busca de sua terra, que poderia se tornar o seu país. Passa-se no período pós-guerra, até 1948, quando foi então criado o Estado de Israel, retratando até memo o momento da Assembleia Geral da ONU, na qual a criação do Estado foi aprovada. Na ocasião, o diplomata do Brasil era Oswaldo Aranha, que deu o seu “sim”, naquele momento histórico.

Uris teve o talento magistral de misturar ficção com realidade, com personagens cativantes, liderados pelo israelense Ari Bem Canaan (interpretado por Paul Newman, no cinema, em 1960), com os seus dilemas, paixões e o peso da liderança.

A vida nos “kibutz”, os choques com as autoridades inglesas para liberar o navio “Exodus” com refugiados judeus, o desafiador convívio com os árabes, o equilíbrio entre os judeus extremistas e moderados (que perdura até hoje), são partes de um cenário, que prende a leitura, do início ao fim do livro.