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Elon Musk

Minha visão sobre Elon Musk era distorcida e parcial. O que aprendi, lendo sua biografia, escrita pelo já renomado biógrafo Walter Isaacson?

A incrível história de um jovem sul-africano que migra para os Estados Unidos sem recursos para se tornar o homem mais rico do planeta. Seus traumas de infância, graves problemas emocionais, desafios familiares e uma personalidade extremamente complicada são revelados.

Por outro lado, o gênio vem à tona, dono de uma capacidade de foco e persistência incomuns, que não aceita barreiras em qualquer projeto que decida implementar. Com uma energia incansável, ele dirige pessoalmente a Tesla, a SpaceX, a The Boring Company e a Neuralink, todas na vanguarda tecnológica, e mais recentemente a X (Twitter).

Possui um estilo de gestão quase selvagem e centralizador, com o qual poucos se adaptam, mas conseguiu montar uma equipe de confiança e de mentes brilhantes para realizar o que poucos humanos conseguiram. Em sua biografia, desfilam duas décadas de ouro do Vale do Silício, testemunhando startups que se tornaram empresas bilionárias.

Um fato curioso: Musk pediu que Isaacsson ficasse ao seu lado por dois anos seguidos, assistindo às reuniões, eventos familiares e entrevistando quem quisesse. O autor também poderia escrever o que bem entendesse. Musk nem sequer revisou o livro antes do lançamento.

Uma pessoa enigmática, controversa, amada e odiada ao mesmo tempo, mas sem dúvida um dos maiores ícones das primeiras décadas deste século. Ainda ouviremos muito a seu respeito.

A cena familiar nas reuniões de fim de ano de 2022 é muito emblemática. A tradição da família é que cada membro faça uma pergunta. Naquele ano, foi: "quais arrependimentos você tem?". Musk afirmou: "Meu arrependimento é a frequência com que enfio o garfo na minha perna, atiro nos meus pés e enfio a faca no meu olho".

Cada leitor fará seu próprio julgamento sobre Elon Musk

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