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Em busca de Sentido

Victor Frankl e seu livro dispensam quaisquer recomendações. Contudo, cada livro tem uma história para cada pessoa. Gostaria de contar a minha.

Tudo começou quando viajei para um seminário internacional sobre estratégia de negócios. Nesse curso, havia um segmento importante destinado a nos ajudar a desenvolver uma visão de longo prazo para uma companhia ou objetivo.

Essa sessão iniciou-se com um vídeo muito especial sobre um psiquiatra que havia sobrevivido aos terríveis e desumanos tormentos de um campo de concentração durante a 2ª Guerra Mundial. As cenas do campo de Auschwitz eram impressionantes, embora eu já conhecesse a história.

Naquele mesmo dia, entrei em uma livraria e comprei o exemplar em inglês, “Man's Search for Meaning”, e “devorei” o livro. Foi assim que conheci Frankl, o prisioneiro identificado pelo número 119.104, que passava a maior parte de seu tempo cavando e assentando trilhos para uma linha de trem.

No livro, ele descreve sua jornada em primeira pessoa, mostrando qual foi a causa principal da sobrevivência daqueles que o rodeavam naquela realidade surreal. Essa linha de pensamento originou uma nova área da Psicologia, a Logoterapia.

Pouco me recordo da aplicação dos conceitos na vida corporativa, porém, o livro se tornou, para mim, um daqueles raros companheiros de cabeceira, aos quais sempre retorno quando momentos da vida demandam uma reflexão mais profunda.

Confesso que li o livro de capa a capa apenas uma vez, mas retornei aos trechos sublinhados centenas de vezes. Mesmo sendo um fã de e-books, volto frequentemente às páginas já amareladas do livro que um dia comprei em Chicago.

Dentre as inúmeras frases destacadas, compartilho aqui apenas duas, ao acaso, pois seria um desafio classificar todas para encontrar as mais impactantes:

“Não há nada no mundo, me aventuro a dizer, que possa tão efetivamente ajudar uma pessoa a sobreviver, mesmo às piores condições, quanto o conhecimento de que há um sentido para a sua vida”.

“A tentativa de desenvolver um senso de humor e ver as coisas sob uma luz divertida é um tipo de truque aprendido enquanto se domina a arte de viver.”

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