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Caso Airbnb: Decisões versus IA

A capacidade de decidir versus a IA:

O caso Airbnb

O processo ou a arte de se tomar decisões, aperfeiçoa-se através dos anos com o aumento descomunal de informações. Porém o processo decisório ainda é muito pessoal e individual, na carreira ou nos negócios.

A cada onda tecnológica há a expectativa do “Eureka!” que traga alívio nos riscos das decisões. Desde a chegada do PC até a Inteligência Artificial, continuamos tendo companhias de sucesso, outras que desaparecem e aquelas que se mantêm a duras penas.

O fato constante é o ser humano tomando decisões que fazem a diferença. É preciso diferenciar a busca incansável por novas tecnologias, da capacidade de decidir: ambas se complementam, mas a primeira será muito mais eficiente se a segunda for bem desenvolvida.

Chamou-me a atenção uma recente entrevista à Bloomberg do CEO e fundador da Airbnb Inc., Brian Cheski e reproduzida no jornal Valor Econômico.

Cheski reconhece que a companhia está virtualmente quebrada. Além de novos concorrentes, enfrenta desafios como a queda brutal da fatia de mercado em Nova York (chegou a representar 70% da receita), sofre demandas dos hóspedes por preços mais baixos, junto com a pressão para um aumento da rentabilidade dos proprietários. Além disso, a companhia não está conseguindo reagir com rapidez aos clientes insatisfeitos e aos anúncios falsos.

Para a recuperação, existem três pilares principais que Chesky diz que resultariam em “um serviço realmente excelente”: preços acessíveis, confiabilidade e, apoio adequado ao cliente quando as coisas dão errado.

Segundo o executivo, após a definição desses pontos básicos, a IA será utilizada para um chatbot de atendimento, para avaliar e validar as listagens de hóspedes e de proprietários, examinar um bilhão de pontos de dados encontrando semelhanças e criando regras inovadoras.

A Inteligência Artificial poderá alavancar carreiras e negócios se, em primeiro lugar,  o gestor souber identificar onde estão os problemas, qual a estratégia, quais os pontos cruciais a serem corrigidos, qual a direção para o crescimento, etc.

Em resumo, sabendo-se primeiro o PORQUÊ, as respostas do COMO utilizar as novas tecnologias virão gradualmente. O modismo tende a inverter essa ordem, o que pode ser muito perigoso.

Em razão desse cenário, junto com o aprendizado da IA, é importante que líderes desenvolvam a capacidade de fazerem as perguntas corretas, mas, principalmente, de tomarem decisões. São esses que realmente dominarão a tecnologia e farão a diferença nos resultados.

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