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A agonia de ficar sem o celular

Em um editorial da conceituada Harvard Business Review publicado na semana passada, Maureen Hoch, autora da matéria, inicia o seu texto com uma intrigante pergunta: “Você poderia desistir do seu telefone por uma noite sem tê-lo de volta até a manhã seguinte?”.

Hoch relata a experiência de dois especialistas da IMD Lausanne (International Institute for Management Development), lecionando a um grupo de altos executivos e propondo essa mesma pergunta. As reações variaram entre irritação e um medo extremo da falta do celular. Entretanto, na manhã seguinte, “... muitos perceberam que se sentiram livres sem seus telefones por perto. Eles aprenderam algo sobre si mesmos.”

Com base em pesquisas, os mesmos autores sugeriram algumas perguntas de autoavaliação:

·         Interagir com seu telefone faz você se sentir mal?

·         Você se sente mais estressado e ansioso ou mais solitário depois de usá-lo?

·         Você esconde o seu uso dos outros ou sente vergonha ou culpa por usá-lo?

·         Você acaba se sentindo ansioso e sobrecarregado depois de apenas alguns minutos de uso?

Segundo a autora, se alguém respondeu sim a algumas ou todas as questões, não está sozinho, mas a autoconsciência já é um grande início.

Em posições de gestão, percebia que se eu não mandasse mensagens depois de certo horário, meu time também não o fazia. Foi a primeira vitória, mas sempre havia assuntos “urgentes” para resolver, mensagens para ler, pagamentos a fazer, além de ficar sempre alerta à entrada de novas mensagens.

Certo dia, minha esposa deu-me uma forte “sugestão” (vencendo a minha teimosia), para largar o celular depois de determinada hora. Contrariado no início (assim como os alunos do curso), aos poucos fui reconhecendo esse sentido de libertação e passei a desfrutar melhor do que fazia, ao conversar em família, assistir a filmes e aumentar consideravelmente o meu tempo de leitura.

Por fim, derrubei o meu ceticismo de que ficar lendo a telinha antes de dormir é prejudicial ao sono, pois deixa sua mente mais alerta, o contrário de um livro, que relaxa.

Vale a pena aceitar o desafio da autora do artigo. O que você acha? Você consegue?

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