Tecnologia e Ética
Em um artigo da conceituada Harvard Business Review publicado última sexta-feira sob o título “As companhias precisam provar que são de confiança em sua tecnologia”, o autor, Daniel Dobrygowski, afirma:
“Pessoas comuns — e, cada vez mais, legisladores e reguladores — têm razões para se tornarem céticas devido a recentes transgressões contra a privacidade dos indivíduos, solidificação de vieses corporativos ou individuais em algoritmos que alteram vidas, ameaças constantes de que novas tecnologias corroem sua capacidade de ganhar a vida, e o teste beta de dispositivos ou veículos conectados inseguros ou defeituosos em uma população desavisada. Olhando para o futuro próximo, com a implementação acelerada da IA gerativa, e mundos virtuais mais rápido do que podemos acompanhar, o problema da confiança só está piorando.” (tradução livre)
Como se não bastassem os complexos problemas éticos gerados nas empresas por indivíduos, processos de governança ineficientes, controles duvidosos e pura má fé nos negócios, entramos abruptamente e uma nova dimensão: a invasão da privacidade das pessoas e o uso dessas informações indiscriminadamente.
Além disso, o desenvolvimento de processos de decisões complexas através de recursos de IA, trazem o fantasma do ficção “O Exterminador do Futuro”, personagem imortalizado por Arnold Schwarzenegger.
Uma pergunta importante para o dia a dia dos negócios: estamos preparados para enxergar os limites da Ética, tanto como usuários dessas novas tecnologias, e também como desenvolvedores delas, no uso de informações individuais?