Sua carreira: desenvolvendo a “Mão Esquerda”
Logicamente esta abordagem é para destros, mas o oposto é também válido para os canhotos.
Toda carreira profissional inicia-se com especialistas e a decisão de muitos, é seguir nessa trilha até o fim. No entanto, conforme as circunstâncias vão mudando ao longo da vida, vem a necessidade de aprender competências, que nem sempre são tão confortáveis para nós.
Especialistas em manufatura, por exemplo, têm muitas vezes que mergulhar no mundo financeiro e em gestão de pessoas. Exatamente o oposto ocorre em outros casos, nas mesmas áreas, e em muitas outras. É o dia a dia de profissionais de medicina que abrem suas clínicas e precisam administrá-las.
Nossa tendência natural (e essencial), é a de nos aprofundarmos naquilo que entendemos bem e. em muitos casos, críamos até uma resistência natural com o que não é usual para nós.
Lembro-me de um seminário, onde o instrutor explicou algo evidente, mas que eu nunca tinha visto sob aquele ângulo. Mostrou que o destro, pode aprender através de muito treino e persistência, a escrever com a mão esquerda. No início serão só rabiscos, mas com o passar do tempo pode chegar à perfeição de escrever como o faz com a mão direita.
Sua observação final é que foi importante: você poderá escrever muito bem com a esquerda, mas o seu conforto e natureza, estarão sempre na mão direita.
A minha “mão esquerda”, no início, foi a área financeira. Com uma forte experiência comercial, ao perceber que a minha carreira levava a ser um generalista, essa foi a área onde mais precisei me esforçar. Com o passar do tempo, se tornou a minha segunda natureza. A próxima “mão esquerda” que tive que me aprofundar, foi a área de manufatura.
Nosso filho Neal é canhoto. Com o incentivo de sua mãe, ganhou um violão para destros. Hoje, toca esse instrumento com todo o conforto, com claras vantagens por ser a mão esquerda de maior habilidade. Aprendeu com sucesso, algo complexo e fora de seu estado natural.
Outras competências fora de nossa área de conforto, podem e devem ser aprendidas. Com a mudança de responsabilidades, horizontes são ampliados, e novos aprendizados se fazem necessários.
Por exemplo, anos atrás era bastante raro ver profissionais de RH se tornarem CEO´s. Hoje temos grandes nomes com a de Mary Barra, CEO da General Motors, um ícone global de liderança. Outro exemplo é o de Nigel Travis, que depois de ser o VP de Recursos Humanos do Burger King, se tornou o CEO da Dunkin`Donuts.
Exemplos não faltam em muitas outras áreas, demonstrando não só a necessidade, mas o sucesso em se desenvolver a “mão esquerda”.