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Liderança; O "Efeito Magnólia"

Para ler o artigo original em inglês clique em CEO Worldwide

A Magnólia Saucer  é uma árvore de excepcional beleza, conhecida por suas flores espetaculares. Podem atingir entre 5 a 10 metros de altura e possuem uma copa arredondada com uma amplitude similar, oferecendo uma presença majestosa e escultural em qualquer paisagem. O tronco robusto, com um diâmetro que pode alcançar de 60 cm a 1 metro em árvores maduras.

Desequilíbrios naturais

As flores, variam do branco ao rosa e ao roxo, com um diâmetro impressionante de 15 a 25 centímetros, formando um espetáculo visual deslumbrante no início da primavera.

Normalmente, as árvores começam a florescer dentro de 3 a 5 anos após o plantio, mas as flores mais completas vêm após cerca de 10 a 15 anos. Este período permite que a árvore estabeleça raízes fortes, e a sua estrutura de galhos.

A falta de luz solar, desequilíbrios nutricionais, estresse, são desafios comuns que podem afetar negativamente a floração. Em outras palavras, a árvore pode atingir sua plenitude de altura, porém sem as flores, que são o seu verdadeiro espetáculo.

A formação da liderança

A formação de um líder, segue o mesmo processo. Em um tempo relativamente curto, pode atingir as altitudes desejadas, sem ainda conseguir realmente demonstrar todo o seu potencial.

Assim como a magnólia, apenas o tempo traz a maturidade, não necessariamente em idade, mas no exercer da liderança. Por mais brilhante que seja a formação acadêmica, apenas a prática, e prolongada, é que trará a plenitude dos resultados.

Por essa razão, na “floresta empresarial” podemos enxergar magnólias muito altas, mas é necessário se chegar bem perto, para medir a largura de seus troncos e a exuberância de sua influência.

A natureza é sábia. A magnólia cresce fortalecendo as raízes, e o tronco se torna robusto na medida em que a altura seja sustentada por um forte base.

A sabedoria humana

A sabedoria humana pode ser muito mais frágil. Vemos gestores com um crescimento muito rápido, porém sem a experiência e o aprendizado à altura da posição ocupada.

Nesses casos, se essa base não for fortalecida com muita rapidez, ocorre algo impensável em uma magnólia: a queda, em razão de um alicerce e estrutura fracos. Esse pensamento não significa uma oposição a líderes jovens, e há muitos com grande sucesso, porém há sempre o desafio de se confiar que o enorme potencial se realize, ganhando a experiência e a sabedoria para a liderança.

Nesse sentido, é interessante notar que uma magnólia já pode produzir belas flores entre 3 a 5 anos de idade, porém as mais completas e de uma beleza inigualável, vem quando ela atinge entre 10 a15 anos.

Quanto mais alta, robusta, frondosa e florida for a magnólia, maior a sua influência sobre todo o ambiente. As raízes conseguiram absorver tudo o que ela necessita para chegar a esse estágio de solidez e exuberância. Nos executivos, a absorção de conhecimento e experiências, pode vir dos mais diversos campos.

Maturidade além do trabalho

Peter Drucker, tem duas citações muito pertinentes a esse assunto:

“É importante, acho eu, para as pessoas que trabalham em empresas, terem um interesse externo, conhecerem outras pessoas e não apenas se deixarem absorver totalmente por seu pequeno mundo. E todos os mundos são pequenos.”

“A pessoa mais capacitada de trazer uma grande contribuição à empresa é a pessoa madura – e você não terá maturidade se não tiver vida ou interesses fora do trabalho.”

Convivi com altos executivos, para os quais o único assunto para conversas era apenas centrado em negócios. Outros, possuíam uma vasta cultura, conseguindo abordar os mais diversos assuntos, em qualquer companhia, fossem de funcionários, clientes, convenções e jantares. Era realmente uma experiência enriquecedora estar perto desses líderes.

Sem exceção, esse tipo de personalidade sempre abriu portas de clientes, contribuiu em negociações complexas, consequentemente trazendo excelentes resultados.

Tenho aprendido pela experiência, e pela observação, que muitas áreas totalmente diversas de negócios, enriquecem decisões, trazem novos “insights”, refletindo-se diretamente na atividade profissional. Falamos em história, biologia, arqueologia, sociologia, psicologia, filosofia e muitas outras.

Esse ampliar de horizonte, desenvolve várias outras competências para a liderança. Há uma maior capacidade de entender o ambiente interno e externo, desenvolve muita empatia, dá melhor entendimento da natureza humana. Esse processo de aprendizado, não está nos bancos acadêmicos. Depende de cada um.

Esse florescer da magnólia madura, é o que traz a beleza, inspiração, e a vontade de se seguir o exemplo. Não é necessário que ela descreva a si mesma. Basta observá-la.

A maturidade da liderança

Como considerações finais, a magnólia traz dois grandes aprendizados de gestão: Primeiro, a sua capacidade de fortalecer as raízes do conhecimento e da experiência, trazendo a confiança de um crescimento sólido. Não há pressa, a natureza segue o seu curso, e é necessária muita paciência para se chegar ao ponto que achamos que devemos estar.

Segundo, a sua capacidade de resiliência, para resistir a todas as pressões externas, muitas vezes sofrer coma falta de nutrientes, ou até mesmo de ataques de pragas, resistir à falta de regamento, e muitas outras pressões, porém mantendo o seu crescimento e a busca de sua plenitude. Esta, retorna em forma de um enorme bem-estar e beleza de seu ambiente.

Essa é a sua essência: contribuir com o ambiente, e não apenas crescer para contemplar a sua própria beleza.

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