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Começa o dia de trabalho...quais são as minhas prioridades?

Muitas vezes procuramos soluções nas mais sofisticadas leituras, e a resposta está no famoso “back to basics”, quando precisamos ter um dia produtivo e chegar no fim da jornada com o sentimento de ter realizado algo.

Vivemos cercados do maior número de distrações dentro de nosso trabalho diário, como nunca antes visto. Incrível que dentro desse ambiente, já vi muitas pessoas nos mais diversos níveis, incluindo altos executivos que entram em sua rotina diária, simplesmente comandados por sua carregada agenda dos compromissos com reuniões, telefonemas, respostas a e-mails e WhatsApp, visitas a clientes, almoços... e por aí vai.

Há um outro grupo que faz a famosa lista de tarefas do dia. Um grande progresso. Um desafio pessoal que sempre tive, era o de ter minhas listas maiores do que aquilo que eu conseguiria realizar no dia. Qual a consequência? Terminava o dia extenuado e ainda com frustações de não ter feito tudo o que eu pretendia. Não raro, a sensação de ter trabalhado muito e ter realizado pouco. Isso parece familiar? Agendas lotadas não significam necessariamente resultados ou eficiência.

Sabemos também, que não somos máquinas, mas seres humanos sujeitos a emoções, frustrações e pesos das responsabilidades pessoais e profissionais. Quando a intensidade desses sentimentos ou de stress aumentam, maior é a tendência de nos desviarmos para alguns caminhos agradáveis, como as redes sociais, falar com amigos ao telefone, deixar-se levar por longos papos no WhatsApp. Com o nível de stress baixando, voltamos à rotina de trabalho, só que com bastante tempo já desperdiçado.

As coisas realmente só começaram a mudar, quando aprendi algo muito simples: priorizar. Ao olhar a lista de tarefas do dia, perguntei a mim mesmo: “Quais delas irão impactar diretamente nos resultados pelos quais sou medido e avaliado?”. Quando passei a ocupar posições de liderança, a pergunta mudou ligeiramente para: “O que de tudo isso vai realmente impactar no negócio?”.

Percebi também que precisava de algum tempo para atividades intelectuais como pensar, planejar, decidir, momentos esses que eram atropelados pelos compromissos. Tive que abrir tempo também para fazer isso, algo que foi extremamente difícil. Finalmente, acrescentei os itens pessoais que eram imprescindíveis para serem resolvidos naquele dia, realmente os mais importantes.

Impressionante como a lista diminuía consideravelmente. Só então vinha a segunda lista, que era a da “Se der tempo”. Ali eu listava as coisas que gostaria de fazer, se fosse possível.

Com o tempo, passei a perceber com grande satisfação, que conseguia ver os frutos do que realizava naqueles itens que estavam debaixo da primeira pergunta. Alguma frustração vinha por não ter conseguido eliminar todos os da segunda lista, como também desapontava algumas pessoas, quando eu mudava compromissos que interferiam no propósito principal. Porém, ecoavam em minha mente as sábias palavras de Jack Welch: “Nenhum gestor eficiente consegue fazer tudo o que deseja fazer. Se conseguir, algo está errado”.

Pausas, relaxamento, algum alívio da intensidade do trabalho, são necessários. É a mesma coisa que estarmos em uma estrada árida, quando um atalho nos leva a uma bela e refrescante paisagem de um lago arborizado. Importante apenas é que esse agradável desvio não nos impeça de voltar à estrada que nos levará ao nosso destino.

Esse é o nosso grande desafio...foco! O foco não significa apenas acompanhar, cobrar ou trabalhar pelos resultados, mas fazer também com que cada hora de nosso dia seja direcionada para esse propósito.

Assim, conseguiremos driblar melhor as frustrações pessoais, escaparemos das distrações, veremos que colocamos todo o nosso esforço na direção certa e sentiremos, no final do dia, que realmente realizamos algo de impacto. É a batalha de cada dia.

Não é fácil...continuo tentando melhorar, mas esse é o caminho!

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