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Pode estar próximo o momento da sua start-up

Quando uma pessoa deixa a vida corporativa e opta por um "voo solo", dificilmente pensa em si mesma como uma start-up.

Passei por essa experiência. Acostumado com meu nome em um cartão de visita, sempre ancorado em uma grande companhia, percebi a diferença quando fiquei sozinho, ou debaixo de uma firma cujo nome só eu conhecia. Eu teria que oferecer muito mais do que apenas meu currículo.

Recomendo que, se você tiver que passar por essa experiência, tenha a seguinte premissa: uma carreira bem-sucedida em uma empresa, na sua área de atuação, não garantirá o sucesso de sua iniciativa individual.

Tenha em mente também que grande parte dos profissionais passará por essa experiência, seja pela longevidade, por descontentamento com a situação atual, ou simplesmente para dar uma guinada na vida.

Assisti aos desafios de muitos executivos, como por exemplo: um excelente financeiro que nunca havia vendido nada na vida, e não soube como vender a si mesmo; um ótimo especialista de manufatura, que teve sérias dificuldades em criar um serviço que atendesse às demandas do mercado; uma renomada diretora de marketing, que apesar de sua experiência, não conseguiu definir um público-alvo, partindo assim para todas as direções.

Não é incomum alguém com grande experiência em negócios em grandes companhias partir para um negócio próprio, ou até uma franquia, em um mercado totalmente desconhecido. Com certeza, a experiência em negócios é muito valiosa, mas muita gente não conta com a curva de aprendizado do novo mercado pode ser muito demorada e dispendiosa.

Nos Estados Unidos, em 2021, foram registrados cerca de 5,4 milhões de novos negócios, com uma taxa de fracasso de 80% nos primeiros três anos. As principais razões: escala prematura, falha de ajustes ao mercado e falhas na execução e gestão (fonte: IA).

Algo familiar com os casos citados acima? Em plena pandemia, quando tantas pessoas escolheram começar novos negócios, houve uma taxa altíssima de fracasso. Dominar bem uma área, não garante o sucesso em algo multidisciplinar.

Quanto a mim, foi um momento de profunda preparação, estruturando o pensamento, e buscando as áreas mais fortes de minha experiência, para criar um serviço com demanda no mercado. Peguei “emprestado” de um de meus filhos que tinha criado, ainda jovem, o nome para uma firma, e então parti para o “go to market”.

Essa ova etapa envolveu selecionar cuidadosamente os potenciais clientes, listar  todos os meus contatos, fazer dezenas de telefonemas e ter um discurso de abordagem. Depois de marcar a visita, vinha o segundo discurso, cuidadosamente preparado: vender o MEU produto, algo muito temeroso no início. Em seguida... bem... isso foi só o começo, numa jornada de tentativas e erros, até acertar.

A pergunta final é: quando você vai começar a pensar em sua start-up? Para um grande número dos que estão lendo este artigo, tal momento chegará mais cedo ou mais tarde. É melhor sentir-se confiante com uma boa preparação!

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