O que há de "velho" sobre conflitos entre pessoas
Tales de Mileto, é tido como o primeiro filósofo deque sem tem notícia, por volta de VI a.C. Fundamentos e teorias à parte, trouxe consigo o pensamento crítico, dentro do qual estimulava discussões de pontos de vista diferentes aos seus.
Heráclito, outro filósofo da mesma época, “...vê a realidade marcada pelo conflito entre opostos, conflito que, entretanto, não possui um caráter negativo, sendo a garantia do equilíbrio, através da ambivalência e reunião dos opostos” (Danilo Marcondes, Doutor em Filosofia).
Temos a impressão de que a modernidade e os complexos ambientes do trabalho, é que trazem conflitos difíceis de serem contornados. No entanto, esse tipo de desafio nasceu com a Humanidade, e a falta dessa visão e a consciência da natureza humana, pode afundar muitas carreiras.
Tive meus tropeços nesse tema, assim como observei muitos, das pessoas que me rodeavam. Alguns pontos simples, que pude aprender e abstrair, são os seguintes:
· Inúmeras vezes, é extremamente difícil ouvir ideias opostas às suas convicções.
· A primeira impressão sobre alguém que conhecemos, se for negativa, é de fechar as portas para as ideias dela.
· Não é necessário apreciar uma pessoa, para apreciar os seus pontos de vista. Essa é a grande diferença entre amizade pessoal e profissionalismo.
· Estilos de personalidade, de gestão de pessoas e de liderança da organização, que sejam diferentes dos nossos, tendem a congelar a comunicação. Uma grande armadilha.
· Com poucas exceções, não há escolha dos colaboradores à nossa volta. Essa é a realidade. Ponto final. Podemos ou não ser bem-sucedidos nesses relacionamentos. A escolha é nossa.
· Não raro, a busca do consenso esconde a tentativa de impor as nossas próprias ideias. A renúncia de algumas delas, é o preço que se paga pelo consenso.
Essa lista pode conter muitos outros itens, mas o importante é reconhecer que a origem dos problemas de relacionamentos profissionais, podem estar dentro de nós mesmos. Esse assunto não precisa de atualizações; os gregos antigos já nos ensinavam a mesma coisa.