Harvard Business Review revela sobre - As reuniões virtuais
Sob o título "O trabalho híbrido mudou as reuniões para sempre", publicado na semana passada na Harvard Business Review, os autores Mike Tolliver e Jonathan Sass expuseram os resultados de uma pesquisa abrangente sobre reuniões online.
Foram coletados dados de observação de 40 milhões de reuniões de 450.000 funcionários em 11 organizações. Os dados revelaram importantes conclusões sobre um tema ainda pouco explorado: a produtividade e eficiência das reuniões virtuais.
Por exemplo, a análise aponta para um aumento significativo no custo das reuniões com baixa participação, que passou de $10,2 milhões em 2022 para $19,1 milhões em 2023 por organização, baseando-se em uma remuneração média de $50 por hora em uma média de 40.000 funcionários. Pela primeira vez, foi computado o custo do tempo desperdiçado quando não há engajamento ativo.
Os dados revelam uma correlação entre o uso das câmeras durante as reuniões e as taxas de retenção de funcionários. Aqueles que eventualmente deixariam a organização habilitaram suas câmeras em 18,4% das reuniões de pequenos grupos, enquanto os que permaneceram fizeram isso em 32,5%.
A taxa de não participação foi mais alta no grupo de funcionários com alto atrito (9,6%) em comparação com o grupo de retenção (7,1%). Isso sugere que o engajamento ativo em reuniões pode estar relacionado a uma maior satisfação e retenção no trabalho.
Além da abertura das câmeras, há outros sinais de falta de engajamento, como o silenciamento do som enquanto o participante se distrai com outras tarefas. Já me deparei com situações em que, apesar da pessoa do outro lado parecer atenta, os movimentos oculares revelavam claramente a atenção dividida com outra tela e outra atividade simultânea.
Essas situações são incomuns em reuniões presenciais. Estamos todos explorando um novo mundo. A pesquisa destaca claramente as implicações financeiras e de engajamento dos funcionários nas reuniões virtuais, aspectos frequentemente negligenciados.
O artigo enfatiza que essas reuniões vieram para ficar, mesmo com empresas reintegrando funcionários aos escritórios após a pandemia. Se esse tema não se tornar uma prioridade, logo poderemos ter "clones" criados por Inteligência Artificial participando das reuniões, enquanto o "original" se dedica a outras atividades. Que esse dia nunca chegue!