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Amigos,amigos...carreiras à parte?

Os relacionamentos no ambiente de trabalho são um tanto complexos, pois as próprias pessoas são complexas e diferentes. No dia a dia profissional, estamos acostumados com o tratamento de “colegas.”, no entanto, muitas vezes isso evolui para amizades reais, e assim criam-se laços que perduram.

Amizades Informais

É comum ver os mesmos grupos sempre sentados juntos à hora do almoço. Trata-se de algo que vem naturalmente; não é forçado. Isso me lembrou uma experiência com um chefe de outra nacionalidade que veio nos visitar no Brasil.

Frequentemente, ele perguntava por que certas pessoas estavam sempre juntas durante as refeições, ao invés de interagirem com pessoas de outras áreas. Decidiu então provar seu ponto e “sugeriu” que os funcionários, ao entrarem no refeitório, recebessem um número referente à mesa onde iriam almoçar. Não é preciso dizer que foi um desastre.

Desafios das equipes

Esse tipo de amizade cresce de forma natural. Há, porém, outro tipo de relacionamento no âmbito profissional, que é o do gestor com seus subordinados. Este sim, é bem mais complexo, pois depende muito do estilo de liderança do gestor. Pode ter uma forma agregadora ou praticar a gestão através de conflitos. Naturalmente, isso se reflete no comportamento de cada membro do time.

Juntando a esse cenário os estilos, intenções e ambições individuais de cada membro do time, o navegar nesse ambiente torna-se uma missão delicada. Muitos sinais de uma amizade mais próxima podem aparecer, que, no entanto, não se concretizam com o tempo, normalmente provocando sentimentos de decepção.

Vejamos uma metáfora com os insetos. Quando a luz está acesa, muitos são atraídos e permanecem por perto. Quando a luz se apaga, a maioria desaparece. A mariposa é um dos que permanecem, ainda desfrutando do calor; já o vagalume, brilha com sua própria luz e segue seu caminho.

Da mesma forma, muitos se aproximam enquanto a “luz” da posição de liderança está acesa, mas, quando essa luz se apaga, poucos permanecem. O líder então percebe quem realmente estava ao seu lado por afinidade genuína, e quem estava apenas temporariamente atraído pela posição.

Não leve para o emocional...

Não se pode julgar esse comportamento, pois relacionamentos como os das “mariposas” ocorrem de forma natural, talvez por afinidade. Se olharmos para nossas próprias carreiras, vamos perceber que, em algum momento, talvez já tenhamos sido “vagalumes.” Não há o comportamento certo ou errado.

O ponto fundamental é que não se pode depositar confiança em amizades no ambiente de trabalho, mas apenas na capacidade do bom relacionamento profissional. Se vierem amizades, é “lucro.” Se houver expectativas diferentes, poderão ocorrer decepções.

Minha experiência pessoal é que, descobri grandes amizades depois de ter deixado as companhias onde foram desenvolvidas. É o tempo que mostra. Enquanto isso, sim... amigos, amigos, carreiras à parte!

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